Preços Agropecuários Sobem 9,16% em Julho de 2021 no Estado de São Paulo

 

O Índice de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR)1, 2 fechou julho de 2021 com alta de 9,16%. Tanto os produtos vegetais (IqPR-V) quanto os animais (IqPR-A) apresentaram reajustes em seus índices, com ascensões respectivas de 11,83% e 2,22% (Tabela 1).

 

 

A importância da cana-de-açúcar na formação do índice de preços recebidos pelo produtor paulista, que com a quebra de safra gerada pela estiagem continuou subindo e fechou no campo nesse mês de análise com reajuste de 12,37% (Tabela 2), pode ser visualizada quando se exclui esse produto do cálculo. Nesse caso, com menor intensidade, o índice geral subiu +6,77% em julho (Tabela 1).

 

 

 

No mês de julho de 2021, 12 dos 18 produtos analisados tiveram elevações de preços. Sob forte interferência das geadas, destacaram-se os reajustes de tomate para mesa (+67,10%), batata (54,25%) e banana nanica (+43,86%). Com menor intensidade, tiveram interferência climática as elevações dos preços de café (7,22%), leite cru refrigerado (5,03%) e milho (4,29%). Já as maiores quedas foram apresentadas por carne suína (-5,44%), amendoim (-4,54%) e algodão (-3,38%) (Tabela 2).

 

ÍNDICES ACUMULADOS NOS ÚLTIMOS 12 MESES

No acumulado de julho de 2020 a julho de 2021, todos os índices apresentaram reajustes positivos (Figura 1).

 

 

 

 

Nesse intervalo, o IqPR variou positivamente em 11 meses (Figura 2), num acúmulo de reajustes de 58,00% (Figura 1). Causadas principalmente pelos reflexos na economia advindos com a expansão da pandemia de covid-19, as altas dos índices foram acentuadas progressivamente até o mês de novembro de 2020. Após uma queda no último mês de 2020 (Figura 2), altas progressivas e ininterruptas geraram aumentos que, no acumulado dos 7 primeiros meses de 2021, atingiram um reajuste de 28,36%.

Nesse intervalo de 12 meses, a alta dos produtos de origem animal
(IqPR-A) chegou a 46,50%, enquanto os produtos de origem vegetal subiram 62,15% (Figura 1). Nesse período de um ano, 17 produtos do levantamento tiveram reajustes. Milho (100,39%), tomate para mesa (82,03%) e algodão (81,01%) foram as culturas que apresentaram as maiores altas no campo paulista nos últimos 12 meses (Tabela 1).

 

 

 

 

 

1A fórmula de cálculo do índice (IqPR) é a de Laspeyres modificada, ponderada pelo valor da produção agropecuária paulista. As cotações diárias de preços são levantadas pelo IEA e divulgadas no Boletim Diário de Preço. As variações são obtidas comparando-se os preços médios das quatro últimas semanas (referência) com os preços médios das quatro primeiras semanas (base), sendo a referência = 01/07/2021 a 31/07/2021 e base = 01/06/2021 a 31/06/2021.

 

2Artigo completo com a metodologia: PINATTI, E. et al. Índice quadrissemanal de preços recebidos pela agropecuária Paulista (IqPR) e seu comportamento em 2007. Informações Econômicas, São Paulo, v. 38, n. 9, p. 22-34, set. 2008. Disponível em: http://www.iea.sp.gov.br/ftpiea/publicacoes/tec3-0908.pdf. Acesso em: ago. 2021.

 


Palavras-chave: IqPR, índice, preços recebidos, índices agrícolas, variações, indicadores.


 

 


COMO CITAR ESTE ARTIGO

PINATTI, E.; BINI, D. L. de C. Preços Agropecuários Sobem 9,16% em Julho de 2021 no Estado de São Paulo. Análises e Indicadores do Agronegócio, São Paulo, v. 16, n. 8, p. 1-5, 2021. Disponível em: colocar o link do artigo. Acesso em: dd mmm. aaaa.

Data de Publicação: 06/08/2021

Autor(es): Eder Pinatti (pinatti@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Danton Leonel de Camargo Bini (danton.camargo@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor