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OS BENEFÍCIOS DE UMA GOVERNANÇA MAIS EFICIENTE PARA OS TERRITÓRIOS DA CACHAÇA ARTESANAL: ESTRATÉGIAS DE COMPETITIVIDADE E DESENVOLVIMENTO LOCAL
Resumo Este artigo pretende
discutir as principais vantagens da implementação de um projeto coletivo entre
os agentes envolvidos na produção de cachaça, localizados numa proximidade
geográfica significativa. Portanto, trata-se de observar as vantagens do
fortalecimento de uma maior proximidade organizacional entre os agentes
presentes no territorial local. Os
vínculos e as interações resultantes das parcerias entre os agentes presentes
podem instituir o território local como uma nova esfera de articulação e
convergência de interesses e promover a construção de recursos fundamentais para
a incorporação de valor agregado à produção local, favorecendo a maior
competitividade e a conquista de mercado, sobretudo o externo. O reconhecimento
deste processo de instituição do território local como nova esfera de
coordenação entre os mais variados agentes presentes propõe a discussão sobre a
governança territorial e, principalmente, sobre a eficiência desta. Nesta
perspectiva, esta nova realidade proposta pela emergência destes projetos
coletivos de base local constitui o desafio atual para a proposição de
estratégias de desenvolvimento territorial, bem como de comércio exterior.Este
desafio está lançado para o segmento da cachaça no Brasil, considerando o
contexto do mercado e as condições de produção. Nos últimos anos o segmento da
cachaça encontra-se em efervescência, dado o expressivo aumento das exportações
associado ao processo de regulamentação e institucionalização do setor. A venda
da bebida ao exterior cresceu dez vezes em cinco anos, fato que a coloca como um
produto importante na pauta brasileira de exportações. A produção de cachaça de
alambique, realizada por pequenos produtores, detém uma relevância particular
neste contexto. Este tipo de produção detém uma aceitação crescente no mercado
sendo responsável também pela maior capacidade de agregação de valor ao produto.
As experiências de outros estados, notadamente de Minas gerais, mostram que o
sucesso deste tipo de produção exige uma série de estratégias do produtor,
principalmente um maior relacionamento com os demais agentes do território
local. Cooperação, interação e associação passaram a constituir estratégias
fundamentais para o pequeno proprietário de alambique, tendo em vista a
necessidade de obtenção da qualidade e maior competitividade. Tendo em vista o
potencial de mercado da cachaça artesanal, por um lado, e as dificuldades
enfrentadas pelos pequenos produtores, de outro, a pesquisa pretende expor as
principais estratégias de cooperação entre os agentes dos principais territórios
produtores e analisar os benefícios mais expressivos.
Data de Publicação: 26/08/2005
Autor(es): Adriana Renata Verdi (averdi@iea.sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor