O Brasil obteve receita recorde com as exportações de carne suína em 2005, e a expectativa é de outro ano positivo, acredita Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). A associação divulgou ontem que as vendas externas de carne suína somaram US$ 1,167 bilhão no ano passado, um avanço de 50,36% sobre 2004, quando foram exportados US$ 776 milhões. Em volumes, as vendas brasileiras para cerca de 70 países somaram 625,075 miltoneladas, 22,62% mais que em 2004.
         A Rússia seguiu sendo o principal cliente brasileiro em carne suína no ano passado, respondendo por 65% do volume exportado pelo Brasil. O país comprou 404,739 mil toneladas do produto, 40,47% mais que em 2004. A receita com esses embarques foi de US$ 805 milhões, um aumento de 79,24% sobre o ano anterior.
         Aliás, essa dependência do mercado russo vem sendo há tempos motivo de preocupação para os exportadores. Mais ainda num momento como agora em que os embarques de carne suína (e bovina) para a Rússia estão suspensos por conta do ressurgimento da aftosa no Brasil em outubro de 2005. 
         Apesar do resultado positivo no ano, em dezembro passado, as exportações de carne suína sentiram os efeitos da greve dos fiscais agropecuárias e da aftosa. Os embarques recuaram 0,9%, para 44,119 mil toneladas, segundo a Abipecs ( 17/01/06 - www.valoronline.com.br).