Preços agrícolas retomam alta na primeira quadrissemana de novembro

            Os preços agrícolas subiram 1,48% na primeira quadrissemana de novembro de 2004, com recuperação de 1,33 ponto percentual em relação ao mês de outubro. O índice de preços recebidos pelos agricultores (IPR) manteve a tendência de alta, em função da elevação dos preços dos produtos vegetais. A tabela abaixo mostra a evolução dos preços agrícolas desde a primeira quadrissemana de outubro.
 

Quadrissemana 
Variação dos Preços Agrícolas (%)
1ª Quadrissemana / outubro
+0,68
2ª Quadrissemana / outubro
+2,62
3ª Quadrissemana / outubro
+1,39
4ª Quadrissemana / mês de outubro
+0,15
1ª Quadrissemana / novembro
+1,48

            No gráfico seguinte, é possível visualizar o comportamento do IPR desde agosto último.

            Na primeira quadrissemana de novembro, os preços agrícolas apresentaram as seguintes variações, por produto:
 

Produto
Variação quadrissemanal (%) 
Algodão
-4,49
Amendoim
-6,78
Arroz
-2,50
Banana
-5,46
Batata
0,00
Café
-6,88
Cana-de-açúcar
7,81
Cebola
-47,06
Feijão
1,25
Laranja
4,61
Milho
-1,95
Soja
-3,94
Tomate
-23,91
Trigo
-1,13
Aves
-11,76
Boi gordo
2,52
Leite
-1,79
Ovos
5,04
Suínos
-1,25

Fonte: NBM/IEA

            O comportamento dos preços agrícolas, por grupo de produtos na primeira quadrissemana de novembro, foi o seguinte:
 

Grupo
Variação (%) 
Grãos + café
-3,11
Frutas
3,63
Olerícolas
-16,39
Produtos de Origem Vegetal
2,58
Produtos de Origem Animal
-0,52
Total do IPR
1,48

Fonte: NBM/IEA

            Dos 19 produtos analisados, cinco apresentaram crescimento no preço (cana-de-açúcar, feijão, laranja, boi e ovos), enquanto treze tiveram reduções (algodão, amendoim, arroz, banana, café, cebola, milho, soja, tomate, trigo, aves, leite e suínos). O destaque de alta foi o preço da cana-de-açúcar (+7,81%), enquanto a queda mais expressiva ocorreu na cebola (-47,06%).
            Entre os produtos de origem vegetal, o aumento nos preços das frutas e da cana-de-açúcar puxou o preço do grupo em 2,58%, apesar da redução nas cotações das olerícolas e dos grãos. Já no segmento animal, o aumento nas cotações de boi e ovos não impediu a redução de 0,52% no preço do grupo devido à retração nos preços de aves, leite e suínos. O resultado foi à alta de 1,48% no índice geral (IPR).
            O preço do frango (aves) vem apresentando expressiva queda em função do aumento da oferta e do baixo crescimento no consumo, mesmo com a expansão das exportações. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

Data de Publicação: 08/11/2004

Autor(es): Nelson Batista Martin (nbmartin@uol.com.br) Consulte outros textos deste autor