Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro de 2021

 

1 - BALANÇA COMERCIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Em 2021, as exportações do Estado de São Paulo1 somaram US$53,90 bilhões (19,2% do total nacional), e as importações2, US$67,22 bilhões (30,6% do total nacional), registrando deficit comercial de US$13,32 bilhões (Figura 1). Em relação ao ano de 2020, houve aumento nas exportações (+26,7%) e também nas importações (+24,2%); essa conjunção de desempenhos resultou no crescimento do deficit (+14,7%) na balança paulista no ano de 2021.


O Estado de São Paulo é o maior polo industrial do país e concentra grande valor e quantidades de produtos na pauta de importação; sua participação corresponde aproximadamente a um terço da pauta brasileira. Além disso, há produtos manufaturados (prontos) cujas importações são registradas no domicílio fiscal do importador (caso do estado de São Paulo), que também são comercializados para outros estados brasileiros. Por esse motivo, os números de importação se mostram sempre superiores aos da exportação, apresentando resultados deficitários na balança comercial paulista.


1.1 – Análise Setorial do Agronegócio

Na análise setorial do agronegócio3 paulista, o resultado de 2021, na comparação com o ano anterior, indica aumentos nas exportações (+9,5%), totalizando US$18,97 bilhões e nas importações (+10,6%), atingindo US$4,58 bilhões; com estes resultados, obteve-se superavit de US$14,39 bilhões, 9,1% superior ao saldo comercial obtido no ano de 2020 quando alcançou superavit de US$13,19 bilhões, conforme indicado na Figura 1.

A participação das exportações do agronegócio paulista no total do estado recuou de 40,7% no ano de 2020 para 35,2% em 2021, menos 5,5 pontos percentuais, enquanto a participação das importações foi de 6,8%, uma ligeira redução de 0,8 ponto percentual, comparando-se ao resultado de 2020 (Figura 1). Um dos fatores para essa maior queda na participação das exportações do agro em 2021 foi a retomada da economia nos demais setores paulistas, com crescimento de 38,6% na comparação com o ano de 2020.

Há que se destacar que as exportações paulistas nos demais setores da economia - exclusive o agronegócio - somaram US$34,93 bilhões em 2021, e as importações, US$62,64 bilhões, gerando um deficit externo desse agregado de US$27,71 bilhões. Dessa forma, conclui-se que o deficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho do agronegócio estadual, cujo saldo se manteve positivo (US$14,39 bilhões).

 

1.2 - Exportações do Agronegócio Paulista por Grupos de Produtos

Os cinco principais grupos nas exportações do agronegócio paulista no ano de 2021 foram: complexo sucroalcooleiro (US$6,53 bilhões sendo que, desse total, o açúcar representou 86,4% e o álcool, 13,6%), complexo soja (US$2,57 bilhões), setor de carnes (US$2,53 bilhões, dos quais a carne bovina respondeu por 85,4%), produtos florestais (US$1,68 bilhão, com participações de 51,0% de papel e 34,8% de celulose) e sucos (US$1,59 bilhão, dos quais 96,4% referentes a sucos de laranja). O grupo de café, tradicional nas exportações paulistas, aparece na sexta colocação (US$708,66 milhões, dos quais 70,2% referentes ao café verde). O agregado dos cinco principais grupos representou 78,5% das vendas externas setoriais paulistas (Tabela 1).

 

Ainda de acordo com a tabela 1, na comparação entre 2020 e 2021, houve importantes variações nos valores exportados dos cinco principais grupos de produtos da pauta paulista mais o café, com aumentos para todos esses seis agregados, registrando incremento para os grupos do complexo soja (34,4%), do café (15,7%), dos sucos (14,0%), das carnes (9,7%), dos produtos florestais (9,4%) e do complexo sucroalcooleiro (0,5%). Essas variações nas receitas do comércio exterior são derivadas da composição das oscilações tanto de preços como de volumes exportados.

 

1.3 - Exportações dos Principais Produtos do Agronegócio Paulista

Os dados de valor e volume exportados dos principais produtos dos grupos mais relevantes do agronegócio paulista do ano de 2021, em comparação com o ano de 2020, são apresentados na tabela 2.

Desses grupos relevantes, o sucroalcooleiro é o que apresenta a maior participação (34,4%) nas exportações paulistas. No total, o grupo cresceu 0,5% em valores e caiu 15,9% em volumes exportados, devido ao desempenho das vendas externas do açúcar (principal item do grupo), com aumento de 3,1% em valores e queda de 14,5% em volume, resultado que mostra a valorização do preço dessa commodity em 2021. Para o álcool, os embarques apresentaram quedas de 13,5% em valores e de 30,4% em volume, quando comparados com o ano anterior. Os destinos das exportações desse grupo são bem diversificados em termos de participação dos países, e os resultados apontam como principais compradores: China (15,5%), Nigéria (7,3%), Argélia (6,4%), Bangladesh, Arábia Saudita e Coreia do Sul (5,5% cada); os demais países somam 54,3%.

O grupo composto pelo complexo soja tem a segunda posição na pauta do estado, obtendo em 2021 desempenho positivos em valores (+34,4%) e em volume embarcado (+2,7%). A soja em grão, principal produto do grupo apresentou aumentos nos valores e volumes (+30,5% e +1,1%, respectivamente), quando comparados com o ano de 2020. A China (69,7%) é o principal destino em termos de participação de valores, seguida de Tailândia (6,3%) e União Europeia (4,5%); os demais importadores somam 19,5%.

O grupo de carnes aparece na terceira posição, apresentando aumento em valores (+9,7%) e queda em volume (-3,3%), em relação ao ano de 2020. A carne bovina, com maior contribuição no grupo, registrou crescimento de 7,1% em valores e recuo de 9,8% em volume exportado. A carne de frango teve desempenho positivo para valores (+28,8%) e volumes (+9,2%). Já a carne suína apresentou reduções de 15,6% em valores e de 25,7% na quantidade embarcada. Os principais destinos em participação são: China (41,1%), Estados Unidos (18,0%), União Europeia (7,4%), Hong Kong (6,4%), Chile (2,9%), Filipinas (2,3%) e Reino Unido (1,6%), enquanto os demais países compradores somam 20,3% de participação.

Os produtos florestais aparecem na quarta posição com aumentos de 9,4% em valores e de 4,3% em volume em relação ao ano anterior. O produto papel, principal item do grupo na pauta paulista, obteve variação positiva quanto aos valores (+11,9%) e ao volume (+2,6%). As exportações dos produtos de celulose apresentaram incrementos nos valores (+2,3%) e nos embarques (+7,4%). O principal destino em participação de valores exportados é a União Europeia (18,2%), seguida pela China (15,0%), Estados Unidos (13,9%), Argentina (9,0%), Peru (5,9%), Chile (5,7%) e Reino Unido (4,5%). Outros países somam 28,2% de participação.

Acesso em: jan. 2022.

 

O suco de laranja (FCOJ concentrado), no ano de 2021, apresentou ligeira alta de 0,4% no valor e redução de 1,1% em volume exportado. Para o suco NFC (não congelado), as vendas externas cresceram em valores (19,4%) e em volume (13,0%). A variação total das exportações do grupo de sucos foi de 14,0% em valores e 11,0% em volume, na comparação com o ano anterior. Os maiores compradores desse grupo são União Europeia (60,5%), Estados Unidos (21,9%), China (6,2%), Japão (3,1%) e Reino Unido (1,6%); os demais compradores somam 6,8% em participação.

Para o grupo do café, os resultados apontaram crescimento de 15,7% nos valores e variação negativa de 0,1% no volume das exportações paulistas. O principal produto desse grupo é o café verde, com incremento de 15,0% em valores e redução de 1,4% em quantidades exportadas pelo estado, enquanto o café solúvel exibiu aumento de 10,3% em valores e decréscimo de 0,3% no volume comercializado. A União Europeia é o principal destino e suas compras representam 39,0% do valor exportado. Na sequência aparecem Estados Unidos (18,5%), Japão (9,6%) e Argentina (4,7%); os demais países participam com 28,2%.

A figura 2 apresenta a participação dos principais grupos de produtos paulista e seus respectivos destinos.

1.4 - Destinos das Exportações do Agronegócio Paulista        

Em relação aos destinos das exportações do agronegócio paulista no ano de 2021, a China (US$4,57 bilhões, 24,1% de participação e variação positiva de 10,6% em relação ao valor do ano de 2020) é o principal destino das exportações de São Paulo, seguida da União Europeia (US$2,54 bilhões, 13,4% de participação em 2021 e crescimento de 6,6% ante ao ano de 2020) e dos Estados Unidos (US$2,01 bilhões, participação de 10,6% e variação positiva de 21,1%). Na sequência, completando os dez principais destinos em termos de participação, aparecem Argélia e Nigéria (2,6%, cada), Coreia do Sul (2,4%), Bangladesh (2,2%), Arábia Saudita (2,1%), Indonésia (1,8%) e Reino Unido (1,7%). A tabela 3 apresenta os 20 principais destinos das exportações paulistas no ano de 2021 que, somados, representam 78,3% do total, com suas respectivas pautas (em %) por grupos de produtos.

 

 

Ainda de acordo com a tabela 3, observa-se uma diferenciação na composição das pautas dos principais parceiros comerciais do agronegócio paulista. A China importou principalmente produtos do complexo soja (39,2%), carnes (22,7%) e sucroalcooleiro (22,1%), enquanto para a União Europeia, entre os principais produtos da pauta de importações paulista, predominam os produtos do grupo de sucos (37,8%, basicamente suco de laranja) e destaques para os produtos florestais (12,1%) e café (10,9%). Já os Estados Unidos apresentam pauta bastante diversificada, composta principalmente pelos grupos das carnes (22,7%), pelos sucos (17,3%), pelo complexo sucroalcooleiro (14,5%) e pelos produtos florestais (11,7%). Na sequência, o conjunto de países da Argélia até o Reino Unido, mais Malásia, Canadá, Marrocos, Egito, Índia e Emirados Árabes, tem elevada concentração de suas importações no complexo sucroalcooleiro, muitos deles acima de 80% de representatividade.


1.5 - Importações do Agronegócio Paulista

Os principais produtos da pauta de importação do agronegócio paulista no ano de 2021 foram papel (US$338,82 milhões), seguido do trigo (US$336,81 milhões, referentes a 1,21 milhão de toneladas importadas) e salmões (US$305,62 milhões). A figura 3 apresenta os dez principais produtos, que representam 47,9% (US$2,19 bilhões) do total importado em 2021 (US$4,58 bilhões), e a comparação com os resultados de 2020.

2 - BALANÇA COMERCIAL DO BRASIL

A balança comercial brasileira registrou superavit de US$61,22 bilhões em 2021, com exportações de US$280,63 bilhões e importações de US$219,41 bilhões. Esse resultado indica aumento de 21,5% no superavit comercial em relação ao ano de 2020, quando alcançou US$50,39 bilhões (Figura 4). Tanto os valores das exportações quanto o superavit do saldo comercial são recordes brasileiros.

 

2.1 - Análise Setorial do Agronegócio

Na análise setorial, as exportações do agronegócio brasileiro em 2021 (Figura 4) apresentaram alta (19,8%) em relação ao ano anterior, alcançando US$120,59 bilhões (43,0% do total nacional), sendo o maior resultado obtido nas exportações setoriais. As importações cresceram 19,0% no ano, registrando US$15,53 bilhões (7,1% do total nacional).

O saldo da balança comercial do agronegócio em 2021 (Figura 4), apresentou superavit de US$105,06 bilhões (recorde brasileiro), sendo 19,9% superior na comparação com o ano de 2020.

Portanto, o comércio exterior brasileiro só não foi deficitário devido ao bom desempenho do agronegócio, uma vez que os demais setores da economia, com exportações de US$160,04 bilhões e importações de US$203,88 bilhões, produziram um deficit de US$43,84 bilhões em 2021.

Quanto à participação, as exportações do agronegócio no total nacional recuaram 5,1 pontos percentuais, e a das importações, 1,1 p.p. no período analisado (Figura 4).

2.2  - Exportações do Agronegócio Brasileiro por Grupos de Produtos

Os cinco principais grupos nas exportações do agronegócio brasileiro, em 2021, foram: complexo soja (US$48,01 bilhões), carnes (US$19,86 bilhões, com a carne bovina representando 46,3% desse total, e as carnes de frango e suína, 37,7% e 13,2%, respectivamente), produtos florestais (US$13,94 bilhões, com participações de 48,3% de celulose e 38,0% de madeira), complexo sucroalcooleiro (US$10,26 bilhões, dos quais 89,7% de açúcar) e café (US$6,37 bilhões, sendo 91,1% de café verde). Esses cinco grupos agregados representaram 81,7% das vendas externas setoriais brasileiras (Tabela 4).

Conforme a tabela 4, na comparação com 2020, houve importantes variações nos valores exportados dos principais grupos de produtos da pauta brasileira, com destaque para o complexo soja (+36,3%), produtos florestais (+22,1%), carnes (+15,7%), café (+15,3%) e complexo sucroalcooleiro (+3,1%). Essas variações nas receitas do comércio exterior são derivadas pela composição das oscilações tanto de preços como de volumes exportados.


2.3 - Exportações dos Principais Produtos do Agronegócio Brasileiro

A tabela 5 apresenta os dados de valor e volume exportados dos principais produtos dos grupos mais relevantes do agronegócio brasileiro e suas respectivas variações em 2021 na comparação com 2020.

Desses grupos relevantes, o complexo soja é o que apresenta a maior participação (39,8%) nas exportações brasileiras. No total, o grupo cresceu 36,3% em valores e 3,9% em volumes exportados, devido ao desempenho das vendas externas da soja em grão (principal item do grupo, com 80,4% de participação), com aumento de 35,2% em valores e 3,8% em volume, resultado que mostra a valorização do preço dessa commodity em 2021. Para o farelo de soja, os embarques apresentaram aumentos de 24,7% em valores e de 1,6% em volume, e o óleo de soja aumentou 164,9% em valores e 48,8% em volume, quando comparados com 2020. A China representa 57,7% das compras em valores desse grupo, seguida pela União Europeia (14,8%); os demais países importadores somam 27,5%.

O grupo de carnes, que tem a segunda posição na pauta brasileira, apresentou avanço de 15,7% em valores e 4,4% em volume em relação a 2020. A carne bovina teve crescimento de 8,5% em valores e queda de 8,3% em volume exportado. Com resultado expressivo mostram-se a carne de frango (25,0% e 8,3%) e a carne suína (16,1% e 10,7%), com aumentos em valores e volume, respectivamente. Nesse grupo, a China se destacou como principal destino e representou 32,8% das compras de carnes; na sequência aparecem Hong Kong (7,7%), União Europeia (5,2%), Estados Unidos (5,1%), Emirados Árabes Unidos (4,8%), Japão e Chile (4,6%, cada) e Arábia Saudita (4,2%), enquanto os demais países somam 31,0 de participação.

O grupo produtos florestais aparece na terceira posição na pauta brasileira, apresentando variações positivas em valores (+22,1%) e em volume exportado (+6,4%). Destaca-se expressivo aumento do valor e volume da madeira (+44,2% e +19,6%, respectivamente), enquanto a celulose apresentou ganhos em valores (+12,4%) e na quantidade (+0,3%). Já o papel apresentou variações positivas para valores (+9,1%) e negativa para volumes (-1,2%) nas exportações em 2021 em relação a 2020. Os principais países importadores desse grupo são Estados Unidos (26,7%), China (22,7%) e a União Europeia (18,2%); os demais países participam com 32,4%.

 

Para o grupo sucroalcooleiro, os resultados em 2021 apresentaram crescimento em valores (+3,1%) e queda nas quantidades embarcadas (-12,0%). O açúcar teve aumentos para valores (+5,0%) e redução no volume (-11,0%) no período analisado. Para o álcool etílico, os resultados apresentaram-se negativos de 10,9% e 27,0% para valores e quantidades embarcadas em comparação com o ano de 2020. Assim como no estado de São Paulo, os destinos das exportações desse grupo são bem diversificados em termos de participação dos países. Os resultados apontam a sequência composta por China (14,0%), Argélia (7,6%), Nigéria (6,3%), Bangladesh (5,6%), Estados Unidos (4,6%), Canadá (4,3%), Malásia e Arábia Saudita (4,2%, cada); os outros países importadores somam 49,3% de participação.

O grupo do café apresenta ganho em valores (+15,6%) e redução em quantidade
(-3,6%), sendo o café verde o principal produto, com variações positiva de 16,7% em valores e negativa 3,8% em quantidades exportadas pelo país. Quanto às participações dos países destinos das exportações em valores, a União Europeia representa 44,5% desse grupo e é seguida por Estados Unidos com 19,1% e Japão com 7,0%. Os demais países somam 29,4% de participação.

A figura 5 apresenta a participação dos principais grupos de produtos brasileiros e seus respectivos destinos.

  

2.3 Destinos das Exportações do Agronegócio Brasileiro 

Em relação aos destinos das exportações do agronegócio brasileiro em 2021, a China (US$41,02 bilhões, 34,0% de participação e variação positiva de 20,6% em relação ao valor do ano de 2020) é o principal destino das exportações do Brasil, seguida da União Europeia (US$18,01 bilhões, 14,9% de participação em 2021 e crescimento de 20,0% referente a 2020) e dos Estados Unidos (US$9,07 bilhões, participação de 7,5% e variação positiva de 30,2%). A tabela 6 apresenta os 20 principais destinos das exportações brasileiras ano de 2021 que, somados, representam 82,8% do total, com suas respectivas pautas (em %) por grupos de produtos.

 

 

A China importou principalmente produtos do complexo soja (67,5%), carnes (15,9%) e produtos florestais (7,7%), enquanto para a União Europeia, entre os principais produtos da pauta de importações, predominam os produtos do grupo complexo soja (39,5%), e destaques para café (15,8%) e produtos florestais (14,1%). Já os Estados Unidos apresentam pauta bastante diversificada, composta principalmente pelos grupos produtos florestais (41,1%), café (13,4%) e carnes (11,3%). Na sequência, o conjunto de países até a décima posição, de Tailândia até Indonésia, tem elevada concentração de suas importações no complexo soja.

 

2.5 - Importações do Agronegócio Brasileiro

Os principais produtos da pauta de importação do agronegócio brasileiro em 2021 foram: trigo (US$1,67 bilhão, entrada de 6,2 milhões de toneladas), papel (US$862,72 milhões) e milho (US$722,68 milhões). A figura 6 apresenta os dez principais produtos, que representam 45,2% (US$7,02 bilhões) do total importado (US$15,53 bilhões).

 

3 - PARTICIPAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO NO BRASIL

A participação paulista no total da balança comercial brasileira (todos os setores da economia) apresentou queda de 1,1 ponto percentual nas exportações e 3,5 p.p. nas importações em 2021, na comparação com o ano anterior, apontando valores de representatividade de 19,2% nas exportações e de 30,6% para as importações (Figura 7).

Para o agronegócio, as exportações setoriais de São Paulo em 2021 representaram 15,7% em relação ao agronegócio brasileiro, valor 1,5 ponto percentual inferior ao registrado em 2020. Já as importações tiveram queda (2,2 p.p.), passando de 31,7% para 29,5% (Figura 7).

 

A participação do agronegócio paulista no agronegócio nacional em 2021 se destacou nos grupos: sucos (85,2%), produtos alimentícios diversos (74,1%), plantas vivas e produtos de floricultura (65,0%), complexo sucroalcooleiro (63,7%), demais produtos de origem vegetal (56,7%), animais vivos (51,7%), produtos oleaginosos (43,4%, exceto soja) e rações para animais (38,4%) (Tabela 7).

Em relação ao ano anterior, sobressaíram-se os aumentos nas participações de São Paulo nos grupos: animais vivos (+16,9 pontos percentuais) e bebidas (+5,0 p.p.). Já as maiores quedas ocorreram nas participações dos grupos: plantas vivas e produtos de floricultura (-4,4 p.p.), fibras e produtos têxteis (-4,1 p.p.) e produtos apícolas (-3,7 p.p.).

O principal grupo de produtos do estado de São Paulo, complexo sucroalcooleiro, teve participação reduzida em 1,7 ponto percentual, passando de 65,4% em 2020 para 63,7% em 2021 (Tabela 7).

1Estado produtor (unidade da Federação exportadora), para efeito de divulgação estatística de exportação, é a Unidade da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua forma final.

 

2Estado importador (Unidade da Federação importadora) é definido como a Unidade da Federação do domicílio fiscal do importador.

 

3Os grupos de produtos dos agronegócios podem ser vistos na opção Tabela de Agrupamentos em MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Agrostat. Brasília: MAPA, 2022.  Disponível em: http://sistemasweb.agricultura.gov.br/pages/AGROSTAT.html. Acesso em: jan. 2022.

Palavras-chaveagronegócio, balança comercial, exportações, importações, comércio exterior, grupo de produtos.

 

 

 


COMO CITAR ESTE ARTIGO

ANGELO, J. A.; OLIVEIRA, M. D. M.; GHOBRIL, C. N. Balança Comercial dos Agronegócios Paulista e Brasileiro de 2021. Análises e Indicadores do Agronegócio, São Paulo, v. 17, n. 1, p. 1-20, jan. 2022. Disponível em: colocar o link do artigo. Acesso em: dd mmm. aaaa.

Data de Publicação: 14/01/2022

Autor(es): José Alberto Angelo (jose.angelo@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor
Marli Dias Mascarenhas Oliveira (marlimascarenhasoliveira@gmail.com) Consulte outros textos deste autor
Carlos Nabil Ghobril (nabil@sp.gov.br) Consulte outros textos deste autor