Preços agrícolas sobem 1,08% na segunda quadrissemana de janeiro

            Os preços agrícolas subiram 1,08% na segunda quadrissemana de janeiro de 2005, com ganho de 2,52 pontos percentuais em relação à quadrissemana anterior. O índice de preços recebidos pelos agricultores (IPR) voltou a crescer em função da recuperação dos preços dos produtos de origem vegetal. A tabela abaixo mostra a evolução dos preços agrícolas desde a primeira quadrissemana de dezembro de 2004.
 

Quadrissemana 
Variação dos Preços Agrícolas (%)
1ª Quadrissemana / dezembro 2004
+5,34
2ª Quadrissemana / dezembro
+2,78
3ª Quadrissemana / dezembro
+1,76
4ª Quadrissemana/ mês de dezembro
+2,33
1ª Quadrissemana / janeiro 2005
-1,44
2ª Quadrissemana / janeiro 
+1,08

            No gráfico seguinte, é possível visualizar o comportamento do IPR desde outubro de 2004.

            Na segunda quadrissemana de janeiro, os preços agrícolas apresentaram as seguintes variações, por produto:
 

Produto
Variação quadrissemanal (%) 
Algodão
-0,60
Amendoim
-4,94
Arroz
-6,98
Banana
2,10
Batata
76,47
Café
9,96
Cana-de-açúcar
5,48
Cebola
-6,25
Feijão
2,36
Laranja
0,35
Milho
9,29
Soja
-0,69
Tomate
-14,29
Trigo
0,00
Aves
-22,22
Boi gordo
-1,31
Leite
9,62
Ovos
-22,55
Suínos
-10,86

Fonte: NBM/IEA

            O comportamento dos preços agrícolas, por grupo de produtos na segunda quadrissemana de janeiro, foi o seguinte:
 

Grupo
Variação (%) 
Grãos + café
4,34
Frutas
0,57
Olerícolas
24,56
Produtos de Origem Vegetal
5,39
Produtos de Origem Animal
-6,67
Total do IPR
1,08

Fonte: NBM/IEA

            Dos 19 produtos analisados, oito apresentaram crescimento no preço (banana, batata, café, cana-de-açúcar, feijão, laranja, milho e leite), enquanto dez tiveram reduções (algodão, amendoim, arroz, cebola, soja, tomate, aves, boi, ovos e suíno). O destaque de alta foi o preço da batata (+76,47%), enquanto a queda mais expressiva ocorreu nas cotações dos ovos (-22,55%).
            Entre os produtos de origem vegetal, o aumento nos preços de grãos, frutas, olerícolas e cana-de-açúcar puxou o preço do grupo em 5,39%. Já no segmento animal, a queda nas cotações de todos os produtos, com exceção do leite, reduziu o preço do grupo em 6,67%. O resultado foi a alta de 1,08% no índice geral (IPR).
            O preço do milho iniciou uma pequena recuperação neste início do ano, em função da seca que está ocorrendo no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, o que poderá reduzir a oferta interna do produto. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

Data de Publicação: 17/01/2005

Autor(es): Nelson Batista Martin (nbmartin@uol.com.br) Consulte outros textos deste autor