Preços agrícolas: reversão da tendência com alta de 2,38% na segunda quadrissemana de maio

            Os preços agrícolas subiram 2,38% na segunda quadrissemana de maio, com ganho de 2,45 pontos percentuais em relação à quadrissemana anterior. O índice de preços recebidos pelos agricultores (IPR) voltou a apresentar variação positiva na quadrissemana em função da alta dos preços dos produtos vegetais e de menor queda nos preços dos produtos de origem animal. A tabela abaixo mostra a evolução dos preços agrícolas desde a primeira quadrissemana de abril.
 

Quadrissemana 
Variação dos Preços Agrícolas (%)
1ª Quadrissemana / abril
+3,44
2ª Quadrissemana / abril
+0,01
3ª Quadrissemana / abril
-1,31
4ª Quadrissemana/ mês de abril
-2,03
1ª Quadrissemana / maio
-0,07
2ª Quadrissemana / maio
+2,38

            No gráfico seguinte, é possível visualizar o comportamento do IPR desde fevereiro de 2005.

            Na segunda quadrissemana de maio, os preços agrícolas apresentaram as seguintes variações, por produto:
 

Produto
Variação quadrissemanal (%) 
Algodão
-5,63
Amendoim
0,00
Arroz
0,00
Banana
-3,61
Batata
22,41
Café
0,00
Cana-de-açúcar
3,80
Cebola
-8,33
Feijão
5,88
Laranja
0,53
Milho
-1,23
Soja
-1,35
Tomate
62,16
Trigo
-9,93
Aves
8,33
Boi gordo
-4,42
Leite
1,82
Ovos
8,12
Suínos
-18,51

Fonte: NBM/IEA

            O comportamento dos preços agrícolas, por grupo de produtos na segunda quadrissemana de maio, foi o seguinte:
 

Grupo
Variação (%) 
Grãos + café
-0,74
Frutas
0,01
Olerícolas
37,03
Produtos de Origem Vegetal
4,00
Produtos de Origem Animal
-0,54
Total do IPR
2,38

Fonte: NBM/IEA

            Dos 19 produtos analisados, oito apresentaram crescimento no preço (batata, cana-de-açúcar, feijão, laranja, tomate, aves, ovos e leite), enquanto oito tiveram reduções (algodão, banana, cebola, milho, soja, trigo, boi e suínos). O destaque de alta foi o preço do tomate (+62,16%), enquanto a queda mais expressiva ocorreu nos suínos (-18,51%).
            Entre os produtos de origem vegetal, o aumento nos preços dos subgrupos de frutas e olerícolas elevou o preço do grupo em 4,00%. Já no segmento animal, o recuo nas cotações do boi e dos suínos, apesar da alta em aves, leite e ovos, levou à queda de 0,54% no preço do grupo. O resultado final foi o crescimento de 2,38% no índice geral (IPR).
            O preço do milho continuou em queda, devido à intensificação da colheita, apesar da quebra de safra da ordem prevista de 14,6%, de acordo com a última estimativa da CONAB, para a safra brasileira 2004/05. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

Data de Publicação: 16/05/2005

Autor(es): Nelson Batista Martin (nbmartin@uol.com.br) Consulte outros textos deste autor