Preços agrícolas: baixa de 0,23% na terceira quadrissemana de maio

            Os preços agrícolas recuaram 0,23% na terceira quadrissemana de maio, com redução de 2,61 pontos percentuais em relação à quadrissemana anterior. O índice de preços recebidos pelos agricultores (IPR) não sustentou a alta em função da queda dos preços dos produtos vegetais. A tabela abaixo mostra a evolução dos preços agrícolas desde a primeira quadrissemana de abril.
 

Quadrissemana 
Variação dos Preços Agrícolas (%)
1ª Quadrissemana / abril
+3,44
2ª Quadrissemana / abril
+0,01
3ª Quadrissemana / abril
-1,31
4ª Quadrissemana/ mês de abril
-2,03
1ª Quadrissemana / maio
-0,07
2ª Quadrissemana / maio
+2,38
3ª Quadrissemana / maio
-0,23

            No gráfico seguinte, é possível visualizar o comportamento do IPR desde fevereiro de 2005.

            Na terceira quadrissemana de maio, os preços agrícolas apresentaram as seguintes variações, por produto:
 

Produto
Variação quadrissemanal (%) 
Algodão
-9,15
Amendoim
5,56
Arroz
-0,96
Banana
-7,25
Batata
-7,61
Café
-5,13
Cana-de-açúcar
0,00
Cebola
18,18
Feijão
2,35
Laranja
-1,55
Milho
2,50
Soja
-6,14
Tomate
0,00
Trigo
-9,93
Aves
8,33
Boi gordo
-2,17
Leite
5,36
Ovos
8,12
Suínos
-11,16

Fonte: NBM/IEA

            O comportamento dos preços agrícolas, por grupo de produtos na terceira quadrissemana de maio, foi o seguinte:
 

Grupo
Variação (%) 
Grãos + café
-2,33
Frutas
-2,26
Olerícolas
-0,97
Produtos de Origem Vegetal
-1,17
Produtos de Origem Animal
1,47
Total do IPR
-0,23

Fonte: NBM/IEA

            Dos 19 produtos analisados, dez apresentaram redução no preço (algodão, arroz, banana, batata, café, laranja, soja, trigo, boi e suínos) enquanto sete tiveram crescimento (amendoim, cebola, feijão, milho, aves, ovos e leite). O destaque de alta foi o preço da cebola (+18,18%), enquanto a queda mais expressiva ocorreu nos suínos (-11,16%).
            Entre os produtos de origem vegetal, a diminuição nos preços de todos os subgrupos levou à queda de 1,17% no preço do grupo. Já no segmento animal, o recuo nas cotações do boi e dos suínos foi mais que compensado pela alta em aves, leite e ovos, o que levou ao aumento de 1,47% no preço do grupo. O resultado final foi a baixa de 0,23% no índice geral (IPR).
            O algodão vem enfrentando as menores cotações dos últimos três anos, em função do crescimento da oferta nacional e mundial, de tal forma que seu preço já está menor que o baixíssimo preço mínimo de garantia do Governo Federal. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

 

Data de Publicação: 23/05/2005

Autor(es): Nelson Batista Martin (nbmartin@uol.com.br) Consulte outros textos deste autor