Preços agrícolas: alta de 4,34% na 3a quadrissemana de novembro

            Os preços agrícolas subiram 4,34% na terceira quadrissemana de novembro, com ganho de 1,04 ponto percentual em relação à quadrissemana anterior. O índice de preços recebidos pelos agricultores (IPR) manteve a tendência de alta em função do crescimento nos preços dos produtos de origem vegetal e da recuperação dos preços de produtos de origem animal.
            A tabela abaixo mostra a evolução dos preços agrícolas desde a primeira quadrissemana de outubro.
 

Quadrissemana 
Variação dos Preços Agrícolas (%)
1ª Quadrissemana / outubro
+1,56
2ª Quadrissemana / outubro
+3,16
3ª Quadrissemana / outubro
+1,16
4ª Quadrissemana/ mês de outubro
-0,27
1ª Quadrissemana / novembro
+2,35
2ª Quadrissemana / novembro
+3,30
3ª Quadrissemana / novembro
+4,34

            No gráfico seguinte, é possível visualizar o comportamento do IPR desde junho de 2005.

            Na terceira quadrissemana de novembro, os preços agrícolas apresentaram as seguintes variações, por produto:
 

Produto
Variação quadrissemanal (%) 
Algodão
0,00
Amendoim
-16,67
Arroz
-5,36
Banana
0,00
Batata
106,43
Café
-1,25
Cana-de-açúcar
1,19
Cebola
0,00
Feijão
-13,43
Laranja
10,10
Milho
-10,00
Soja
-2,45
Tomate
112,50
Trigo
-4,84
Aves
-8,97
Boi gordo
2,33
Leite
-2,00
Ovos
1,75
Suínos
-8,33

Fonte: NBM/IEA

            O comportamento dos preços agrícolas, por grupo de produtos na terceira quadrissemana de novembro, foi o seguinte:
 

Grupo
Variação (%) 
Grãos + café
-5,90
Frutas
8,83
Olerícolas
96,33
Produtos de Origem Vegetal
7,31
Produtos de Origem Animal
-0,99
Total do IPR
4,34

Fonte: NBM/IEA

            Dos 19 produtos analisados, seis apresentaram crescimento no preço (batata, cana-de-açúcar, laranja, tomate, boi e ovos), enquanto dez tiveram reduções (amendoim, arroz, café, feijão, milho, soja, trigo, aves, leite e suíno). O destaque de alta foi o preço do tomate (+112,50%), enquanto a queda mais expressiva continuou com o amendoim (-16,67%).
            Entre os produtos de origem vegetal, a queda no preço do subgrupo dos grãos foi mais que compensada pela alta nos preços de frutas e especialmente das olerícolas, o que provocou o aumento de 7,31% no preço do grupo. Já no segmento animal, a queda nos preços de aves, leite e suínos levou à redução de 0,99% no preço do grupo. O resultado foi a alta de 4,34% no índice geral (IPR), a maior alta desde o final do março.
            O milho, mesmo com uma safra 20% menor que a do ano agrícola anterior e em plena entressafra, vem apresentando forte queda de preço. É que os produtores não têm condições de reduzir o fluxo de comercialização, pois não existe crédito rural disponível e os compradores adquirem o produto em pequenos lotes para atender as suas necessidades, dada a alta taxa de juros para carregar estoques. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:

Data de Publicação: 28/11/2005

Autor(es): Nelson Batista Martin (nbmartin@uol.com.br) Consulte outros textos deste autor