Preços agrícolas sobem 0,74% na terceira quadrissemana de novembro

            Os preços agrícolas subiram 0,74% na terceira quadrissemana de novembro, com recuperação de 0,54 ponto percentual em relação à quadrissemana anterior. O índice de preços recebidos pelos agricultores (IPR) continua, assim, a tendência de alta. A tabela abaixo mostra a evolução dos preços agrícolas desde a primeira quadrissemana de outubro.
 

Quadrissemana 
Variação dos Preços Agrícolas (%)
1ª quadrissemana / outubro
0,59
2ª quadrissemana / outubro
0,96
3ª quadrissemana / outubro
0,63
4ª quadrissemana / mês de outubro
0,93
1ª quadrissemana / novembro
0,91
2ª quadrissemana / novembro
0,20
3ª quadrissemana / novembro
0,74

            No gráfico seguinte, é possível visualizar o comportamento do IPR, desde agosto último.

            Na terceira quadrissemana de novembro, os preços agrícolas apresentaram as seguintes variações, por produto:
 

Produto
Variação quadrissemanal(%) 
Algodão
29,94
Amendoim
12,12
Arroz
1,16
Banana
-9,09
Batata
33,33
Café
0,63
Cana-de-açúcar
0,00
Cebola
20,00
Feijão
-7,07
Laranja
-2,11
Milho
7,84
Soja
6,19
Tomate
21,33
Trigo
-0,71
Aves
-4,46
Boi gordo
1,67
Leite
-7,84
Ovos
-10,74
Suínos
-5,31

Fonte: NBM/IEA

            O comportamento dos preços agrícolas, por grupo de produtos na terceira quadrissemana de novembro, foi o seguinte:
 

Grupo
Variação % 
Grãos + café
5,21
Frutas
-2,49
Olerícolas
26,46
Produtos de Origem Vegetal
2,14
Produtos de Origem Animal
-2,19
Total do IPR
0,74

Fonte: NBM/IEA

            Dos 19 produtos analisados, dez apresentaram crescimento no preço (algodão, amendoim, arroz, batata, café, cebola, milho, soja, tomate e boi), enquanto oito tiveram reduções (banana, feijão, laranja, trigo, aves, ovos, leite e suíno). O destaque de alta foi o preço da batata (+33,33%), enquanto a queda mais acentuada foi verificada nos ovos (-10,74%).
            Entre os produtos de origem vegetal, o aumento nos preços dos subgrupos de grãos e olerícolas, mesmo com a redução nos preços das frutas, fez com que o preço do grupo tivesse alta de 2,14%. Já no segmento animal, o crescimento na cotação do boi não impediu o recuo de 2,19% no preço do grupo por causa da queda nos demais produtos. O resultado foi a variação positiva de 0,74% no índice geral (IPR). A expectativa é de que o IPR mensal tenha alta de 0,50% em novembro.
            As cotações da soja mantiveram-se ascendentes em novembro, em função da quebra da safra americana e do mercado fortemente comprador, principalmente por parte da China. Isto continua a sustentar a elevação dos preços, o que está levando ao crescimento da área plantada no Brasil. O comportamento dos preços recebidos pelos produtores pode ser observado no gráfico seguinte:


Data de Publicação: 24/11/2003

Autor(es): Nelson Batista Martin (nbmartin@uol.com.br) Consulte outros textos deste autor