O estudo tem como objetivo geral analisar aspectos relacionados com o custo de produção, rentabilidade e comercialização de melancia no Estado de São Paulo. Os dados relativos ao custo de produção foram levantados junto a produtores da região de Marília. A metodologia utilizada foi a de Custo Operacional Total. Para análise de viabilidade do investimento na cultura foram utilizados a taxa interna de retorno (TIR) e o "período de recuperação do capital" (payback period). Os dados de quantidade e preço em nível de atacado foram coletados junto ao Entreposto Terminal de São Paulo (ETSP), da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), e os preços em nível de varejo pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA). Para determinar os padrões de estacionalidade foi utilizado o programa X-ll do U.S. Bureau of the Census (Statistical Analysis Software - SAS). A origem do fornecimento mensal de melancia foi efetuada pela análise tabular dos dados. O Custo Operacional Total variou de US$1.622,28 a US$2.017,67 por hectare nos dois estágios de produtividade. A taxa interna de retorno do capital apresentou-se negativa nos níveis mais baixos de preço e produtividade. Nos níveis mais elevados, as taxas variaram de 3,5% a 167,11%, revelando o potencial de rentabilidade do investimento. O período de recuperação do capital investido varia, na maioria dos casos de 0,6 até 4,5 anos ou poderá se alongar por mais de dez anos, se as condições de clima e de mercado não forem favoráveis. Quanto ao suprimento do produto, a maior parte comercializada no ETSP, da CEAGESP, é proveniente do próprio Estado de São Paulo, mas há períodos em que esse mercado é abastecido pelas produções do Rio Grande do Sul, Goiás e Bahia. A despeito do elevado risco, a cultura da melancia apresenta alta rentabilidade quando conduzida de forma a propiciar boa produtividade.